Keven e os pais, Roseane e Charles
Já relatamos aqui no nosso portal a luta dos pais de
Keven Arthur, garoto de seis meses, que sofre da Síndrome de Atrofia Espinhal. Dessa
vez fomos convidados por eles a conhecer Keven e também minuciosamente ouvir uma
história de luta que está só começando. Eles moram no Bairro Cavalete I, em Araripina, sertão de Pernambuco.
Ouvimos atentamente o depoimento da mãe de Keven, Roseane
da Silva Moreira (21), e do pai, Charles Dias de Souza (25), que iremos
destacar para melhor compreensão do leitor.
Para o pai, no momento a maior dificuldade está sendo
a locomoção para Recife, porque aqui no Município e Região, não dispõem de
tratamento especializado para o caso do filho, e aventurar-se em um lugar
grande e não muito amistoso, para ele seria uma dificuldade a mais.
Ele relatou que já recebera visitas de pessoas (que
preferimos deixar em reserva) que podem fazer algo para facilitar a vida deles,
e que, está apenas aguardando alguma decisão e que seja positiva. Charles
confidenciou que o filho, devido à longa fila de espera do SUS, aguarda o
resultado do encaminhamento para iniciar o tratamento. Disse ainda que entrou
com um processo na justiça para a compra do respirador, mas nesse caso
precisaria de ajuda jurídica para agilização da decisão, porque segundo ele,
Keven a qualquer momento pode precisar.
O início de tudo
A mãe de Keven, Roseane, percebeu que aos três meses
de idade ele apresentava uma espécie de paralisia nas pernas, moleza na cabeça,
e que o teste do pezinho não diagnosticou a doença, e nem mesmo os médicos
perceberam, porque ele havia nascido normal. Procurou o ESF onde ele era
acompanhado e fora encaminhada juntamente com o filho, para um pediatra. Avaliado
por uma especialista que achou o caso diferente, a mesma de pronto fez o
encaminhamento para o IMIP ( Instituto
de Medicina Integral Professor Fernando Figueira). Atendida por uma equipe
médica no Recife, Keven foi diagnosticado como portador de Atrofia Muscular
Espinhal, Tipo 1, pela Doutora Vanessa Van Der Linden (Neurologista Infantil),
médica da AACD.
- Sem acreditar, fui através de uma
amiga, contatada por uma mãe de um filho com a mesma doença, além de outras mães
que conhecemos no Marco Zero, disse Roseane, constatando que o filho realmente
sofria de AME.
Ela nos contou que o maior problema
de Keven é que a respiração para por conta de força muscular que é diferente da
reação das crianças normais, já que as crianças com AME têm dificuldade para
respirar porque os músculos intercostais delas, que ajudam a reter e soltar o ar,
estão atrofiados.
Outro dilema já que permanece aqui, é o filho ser assistido por um profissional fisioterapeuta e de imediato conseguir um ventilador mecânico, e Roseane pede a quem quiser ajudar, seja facilitando a locomoção do filho para a AACD em Recife, ou de outras formas que possam ajudá-los nessa campanha de solidariedade.
Chegamos a um entendimento de que
faltam na Região do Araripe, entidades que atendam não só os casos específicos
como o de Keven, mas todos os Portadores de Necessidades Especiais e, não seria
pedir muito que a influência dos políticos do nosso semiárido, do Vale São
Francisco, de Pernambuco, fizessem uma corrente para conseguir atrair para o
nosso sertão, uma extensão da AACD.
Outra informação nova que
acrescentamos na nossa matéria do “CASO KEVEN” e que foi lembrado pelo pai
dele, Charles, é a necessidade de um “HOME CARE”, que inclusive falamos em outra
oportunidade, que é uma UTI em casa para assistir pacientes no caso acometidos de AME.
Entenda ainda mais a
gravidade do problema
·
Por enquanto ele ainda não foi submetido à
tradicional traqueostomia – abertura de um orifício na traqueia por onde é
colocado um tubo para passagem de ar;
·
Keven, devido ao seu problema, fica mais
suscetível a infecções;
·
Pode precisar de uma aspirador de ar
portátil;
· AME é uma doença progressiva e rápida, e muitas vezes cruel, por isso a necessidade urgente no tratamento para que ela não seja
uma sentença de morte;
·
Quem tem Atrofia Muscular Espinhal chega a
ser chamado, em estudos científicos, de "boneco de pano".
A Atrofia Muscular espinhal ataca as
células neuromotoras da coluna espinhal, responsáveis pela comunicação entre o
cérebro e a coluna. E entre a coluna e os músculos. Quando essas células
começam a se atrofiar, essa comunicação se torna cada vez mais fraca, até que é
totalmente impedida. Até respirar passa a exigir um esforço extraordinário,
porque, para essa tarefa, precisamos dos músculos intercostais. É por isso que
as pessoas que sofrem de AME necessitam ter o pulmão ventilado, seja por
traqueostomia — condenador por muitas mães - seja por ventilação mecânica
não invasiva. (Fonte: O Globo)
Keven foi diagnosticado com AME
RELATÓRIO DA AACD COMPROVANDO QUE KEVEN É PORTADO DA AME
PARA AJUDAR
Caixa Econômica Federal
Agência: 0772
Operação: 013
Conta: 00022061-2
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